Eu decidi parar a chuva, eu passei os dias neutros Eu bebi do seu sangue, brindei o seus tormentos Mas tenho que dizer que de nada vale a vida Sem ter o que dizer sobre como vale a vinda De seu brilho em minha casa, seus tiros disparados Risos incontroláveis, remédios tarja preta Um desejo na gaveta, um papel e uma caneta Uma carta em desabafo, despedaço de verdade Mas aqui nessa cidade Nem tudo é relevante Mas aqui nessa cidade E o motor desse gigante destruindo a paciência Mas tenho que sair contemplar essa existência E a estrada e a resposta com as sua condolências Vou deixando tudo mais e partir sem resistência Eu tenho chão em minha frente, e se quiseres vir comigo Tenho alma para dois, tenho flores pro inimigo Mas se quiseres vir depois tenho calma a te esperar Vou jantar, agora, se nada mais me faz pensar em tudo Então que venha a imensidão do seu coração Em pólvora