Vejo o decolar dos pássaros onde estou contando os passos pra voltar E no peito há um vazio, o perfil de um homem só que um dia renascerá A saudade é como um coice, é luta de martelo e foice pra esquecer No altar deuses e musas, levo anjos krishna e buda pra voar Eu já me acostumei a ser o punk da turma Deixar o tempo passar, esquecer, romantizar No porão há um barril onde dedico um tempo meu para pensar Navegando em mar hostil o uísque forma um rio que alma naufragará O poema queima os lábios, perfura o coração do sábio capitão São as rezas de um marujo, o suor e o sangue sujo que nas veias correrão Eu já me acostumei a ser o punk da turma Deixar o tempo passar, esquecer, romantizar