Ela deu corre nos pais Sábado bateu lá em casa Os seus beijos eram fatais Como uma arma carregada O seu olhar tão penetrante Eu sei que ela me desejava Queria tocar o berrante Enquanto eu escutava Ela já tava querendo Pra fazenda, se mudar Trocar a cidade grande E pro campo vir morar Aqui no interior Pra se tranquilizar Dirigir o meu trator E no cavalo cavalgar A moça da cidade Se amarra no moço do campo Aqui tem diversidade Boi do preto, boi do branco A menina quer um sujeito Bruto e de um jeito selvagem Que não tem colar no peito Nem brinco, nem tatuagem Ela usa um chapéu E um cinto com fivela Se amarrou no meu corcel E até já sabe pôr a cela Ela trocou o arranha céu Pelo chão do meu celeiro Tiroufoto com o troféu Que eu ganhei num rodeio Ela trocou o cineminha Pela trama de novela Agora ela cria galinha E nunca mais foi pra favela A moça da cidade Se amarra no moço do campo Aqui tem diversidade Boi do preto, boi do branco A menina quer um sujeito Bruto e de um jeito selvagem Que não tem colar no peito Nem brinco, nem tatuagem Ela quer um companheiro Pra sua vida dividir Procurou num boiadeiro Um colo pra dormir Esquecer do seu passado E da vida que levou Agora ela lida com o gado E pra cidade não voltou A moça da cidade Se amarra no moço do campo Aqui tem diversidade Boi do preto, boi do branco A menina quer um sujeito Bruto e de um jeito selvagem Que não tem colar no peito Nem brinco, nem tatuagem