Minha vida é um livro aberto Não tenho nada a esconder Tem dia que ouço o Humberto (Gessinger) No outro dia o Matuê Mas eu gosto de melodia Letra que te faz pensar Um Hip Hop e poesia Palavras que vão rimar Faz esquecer da agonia Do mundo que a machucar Mesmo sendo fantasia Ainda assim dá pra sonhar Viajando nas entrelinhas Entre um baixo e uma batera Pulando amarelinha Eu, você e uma galera A minha infância foi da hora Pipa, carrinho e carrossel Vivia jogando bola Ganhei medalha e troféu Mas o mundo vai mudando Quando você crescer Muitos amigos vai ganhando Outros tantos vai perder A lei da vida não avisa Ela quer te surpreender Cuidado onde pisa Pois o chão pode ceder Tem muitos pra te julgar Na vida se intrometer Poucos vão te elogiar Muitos vão te ofender Aprenda a ser sozinho Sem precisar de ninguém Vá seguir o teu caminho Conquistar o que cê num tem Pros que falam mal de mim Não ligo, podem falar Eu sei que sempre foi assim Quem não têm, quer criticar Eu não sou violento Não costumo brigar Quem tem um bom argumento Não precisa humilhar Evito a violência Evito a rebeldia Pro paladar da consciência A refeição é a poesia Eu faço o que faço Com talento e inspiração Eu não sou de aço Não sou de papelão Minha alma é antiga Meus sonhos imortais Mas o mundo me obriga A ser parte dos radicais Eu tenho o pensamento Não sigo a tradição Por nenhum momento Acreditei em ilusão Faço o meu corre Cada dia é uma lição E mesmo que eu chore Ainda tenho reputação O meu rap é verdadeiro Eu não sou enganador Minha vida é um roteiro De um filme de terror Mas eu não tenho medo Não posso fraquejar Eu escrevo o enredo Que eu mesmo vou encenar Nunca pedi nada a ninguém Espero nunca precisar O ser humano é refém Da cédula que vai ganhar Com algum número escrita Desenhada e colorida Pode parecer bonita Mas vale mais do que a vida? Eu acho que não! Digo com naturalidade Parece que virou lixão Os princípios da sociedade Quem um dia tinha posição Chamavam de autoridade Fazia ostentação Sem nada de humildade Hoje sofre rejeição Pelas ruas da cidade Pedindo esmola no calçadão Esperando caridade Desculpe se te ofendo Quando eu falo assim Mas se agora não estiver vendo Vai ver quando chegar o fim O amanhã ninguém sabe O futuro é especulação É por isso que só cabe Uma pessoa no caixão