Eu sigo nessa estrada Mas não tenho direção Meu destino é incerto Vou de peito aberto Só eu e o meu violão Sou um solitário sem rumo Nem paradeiro Eu sou aventureiro Nesse mundo hostil Viajando sozinho Sigo meu caminho Rodando o Brasil Eu não tenho parada Nem lar, nem morada Só sigo nessa estrada Seja calor ou frio Vivendo a vida largada Tocando pela madrugada O violão é cheio, o coração vazio Contando em lindas canções Amargos refrões O que o meu olhar já viu Eu sigo em frente, de alma transparente Com o vento ao meu lado Os meus pés cansados Mas eu não vou parar Eu canto as minhas dores Lembrando dos amores Que um dia eu fui amar Contando as estrelas Eu vou adormecer Esperando o dia Em que eu vou morrer Vejo a Lua no céu O violão chora em cordel Nas cordas de prata A vida eu vou escrever Minha vida é um conto Mas não conto de fadas Eu sigo nessa estrada Até o dia em que eu não mais poder Um dia o Sol vai se pôr E com ele eu vou ir também O violão vai ficar Mas quem vai tocar? Eu acho que ninguém Mas enquanto eu for vivo Sigo por essa estrada Mais um dia sobrevivo Nessa vida largada Enfrentando qualquer condição Eu vou viajar Sem lugar pra parar Só eu e o meu, violão