O mar não vai além do cais O chão só vai até o mar Em tudo que a gente faz Tem vez que é preciso estancar Quando então o caminho é demais É bom não se aventurar Ficar com um pé sempre atrás Pro caso de ter que voltar Se alguma paixão mais voraz Me toma sem se saciar Eu não me entrego e aliás Não tenho mais o que entregar Pois não guardo nada para mim Assim que o amor se desfaz A sorte eu entrego pra Deus O adeus pra quem não me quer mais Se a mão de quemmeabraçou Me mostra a porta de trás Aí me despeço do amor E a dor que descanse em paz