Joguei os trastes num pingo estradeiro Mirei estradas do meu chão menino Carreguei meu flete de sonhos criança Para cavalgar meu próprio destino Segui as veredas da aurora da vida Persegui os raios de sol de verdade Atirei meu laço contentos de anseios Pra ver se pealava a felicidade Plantei esperanças ao longo dos caminhos Tropeando a certeza do amor correspondido Temperei a tarde com crenças e descrenças Parando rodeios no dever cumprido Percorri distâncias com muitas paragens Alcançando luzes e desilusões Cheguei ao final de muitos corredores Repontando tropas de realizações Aves se aninhando no colo das matas Um rito anunciando funerais do dia A noite brindava seus raios de lua Preludiando aromas de uma brisa fria Meu mundo é hoje um quarto de minguante Sem a luz cadente de uma estrela guia Só restou estradas, feitos e desfeitos Para arrebanhar a tropa dos meus dias