Volteia as vacas, corta lenha e enche a pipa Raciona o flete preferido do patrão Tu sabes bem para que serve um cavalete Não deixa apegos atirados pelo chão Pega na enxada e vai logo pra o cercado Mas não esqueça do veneno pras formigas No milharal aterra as vergas com capricho Para que cresçam bem viçosas as espigas Quero que antes de fazer a recorrida Recolha o charque estendido no varal Não quero ver ovelha nossa em campo alheio E nem terneiro extraviado no chircal Jamais esqueça de ajeitar a carretilha Deixe uma junta de bois mansos no potreiro Por que a patroa sempre sai junto com as filhas A meia tarde pro passeio domingueiro Por que a patroa sempre sai junto com as filhas A meia tarde pro passeio domingueiro Eu sei que um dia me transformo em quebra-freio Pois minha vida, quase escrava, há de ter fim Mesmo que eu traga desventura de ser negro Na realidade todos são iguais a mim Jamais esqueça de ajeitar a carretilha Deixe uma junta de bois mansos no potreiro Por que a patroa sempre sai junto com as filhas A meia tarde pro passeio domingueiro Por que a patroa sempre sai junto com as filhas A meia tarde pro passeio domingueiro Eu sei que um dia me transformo em quebra-freio Pois minha vida, quase escrava, há de ter fim Mesmo que eu traga desventura de ser negro Na realidade todos são iguais a mim Mesmo que eu traga desventura de ser negro Na realidade todos são iguais a mim Volteia as vacas, corta lenha e enche a pipa