Quando as lágrimas secam O mais importante consiste em lembrar que estamos vivos E em casa segundo que respiramos pelas nossas lutas São passos dados acelerando o nosso próprio perecimento Quando não me encontro Quando nada mais parece me fazer sentido Quando o luto vem e se faz de meu melhor amigo Tudo que eu penso é que a vida não história Uns veem e vão e isso sofistica a minha revolta Eu só sei que algum dia já fui mais feliz Já tive paz, embora nem tudo que eu sempre quis Mas teres partido, isso foi um golpe duro Mudou a minha vida e alterou o rumo do meu futuro Já procurei compreender, mas as lembranças fogem Insatisfeito vou pensando o quão devas estar longe Olha só por onde tudo começa, bondade era o teu forte Te cobria dos pés à cabeça Ainda me lembro bem da tua conversa Teu jogo era por simplesmente fazer a diferença Mas eles não te quiseram e te afastaram de mim Empregaram-me a tortura que perdura a censura Por tantos longos anos aprendo a viver sem ter que pensar em ti É tão ruim, lamentável, enfim Mas eis-me aqui desconfortável podendo exprimir O meu desejo de ver-te de volta, esse verso é pra ti Este é o meu chorar, também a minha dor Esta é a minha canção e a minha manifestação Nela jaz todo o meu descontentamento E toda dor profunda do teu desaparecimento Este é o meu chorar, também a minha dor Esta é a minha canção e a minha manifestação Nela jaz todo o meu descontentamento E toda dor profunda do teu desaparecimento Até parece que foi ontem essa realidade contundente Meu rosto há muito que não sabe o que é ser sorridente Tal forma como tudo foi é surpreendente Devia ter feito alguma coisa quando estavas doente Era só um menino, inexperiente Continha 12 anos e tu perto dos 17 Não é que eu julgue a morte e que não seja existente Só me pergunto o porquê das pessoas inocentes Longe disso tudo, o suposto era estar contente Pois nada chega a ser melhor que ter-te aqui presente Eu insisto, eu insisto, eu vivo, preso nessa angústia de não poder sentir a tua voz Acredita, que um dia nos veremos, assim diz a bíblia e será num dia como hoje Não acredito em profecias, literalmente, creio na possibilidade do seu retorno Eu nem sei o de estás, nem sei como estás, nem mesmo onde vives, por isso não me conformo Mas onde quer que estejas, como queiras que esteja, essa expressão é pra ti, sê feliz ao pé do dono Este é o meu chorar, também a minha dor Esta é a minha canção e a minha manifestação Nela jaz todo o meu descontentamento E toda dor profunda do teu desaparecimento Este é o meu chorar, também a minha dor Esta é a minha canção e a minha manifestação Nela jaz todo o meu descontentamento E toda dor profunda do teu desaparecimento Este é o meu chorar, também a minha dor Esta é minha declaração de um pobre jovem sofredor Que muito luta superar-se da hipocondria Causada pela triste sensação de nostalgia Eu nunca quis acreditar que te fostes dessa Cada lembrança tua faz-me doer a cabeça Vivo metido num atormento de pura tristeza Inconformado por te ver cedo a partir pra as trevas Te vejo no silêncio e na sombra da vela acesa Honramos a tua alma todos os dias com reza Os mais pequenos se questionam quem é este na imagem? Já se entristecem por saber que existes noutra margem Em nós ainda vives, disso eu tenho a certeza Tua existência só se apaga quando a morte chega Não acredito que dá pra resistir a este dano Muito eu queria que isso não passasse de um engano Mas é a lei da vida supostamente, meu mano Não há pretexto irredutível pra este mal insano Neste som, quero que prestes atenção E que sintas no compasso desta composição O meu lacrimejar então, Paulino Sebastião Este é o meu chorar, também a minha dor Esta é a minha canção e a minha manifestação Nela jaz todo o meu descontentamento E toda dor profunda do teu desaparecimento Este é o meu chorar, também a minha dor Esta é a minha canção e a minha manifestação Nela jaz todo o meu descontentamento E toda dor profunda do teu desaparecimento