Isso não são horas De você chegar Só pra me contrariar Eu vou lhe abandonar Já estou cansado de penar Obra da fatalidade Um acontecimento na vida real Pois o homem que é homem não chora A mulher vai embora, isso é natural Essa mulher não me ama Essa mulher não me adora Quando ela me vê no samba Não sei por quê que ela chora Isso não são horas De você chegar Só pra me contrariar Eu vou lhe abandonar Já estou cansado de penar Néri de pipirinéris conversa de néris Eu fui sabedor Deste um baile em tua casa Porque não me convidou? Eu vou lhe dar um conselho Você quer é se livrar Acho bom voltar pra casa, preta Para nossos filhos criar Isso não são horas De você chegar Só pra me contrariar Eu vou lhe abandonar Já estou cansado de penar Até nas flores se encontram A liberdade da sorte Uma se encontram na vida E a outra se encontram na morte Alecrim na beira d'água Chora a terra em que nasceu Eu também tenho chorado Pelo amor que foi meu Isso não são horas De você chegar Só pra me contrariar Eu vou lhe abandonar Já estou cansado de penar Da Bahia me mandaram Me mandaram me chamar Eu mandei dizer a bela Sem pandeiro eu não vou lá Eu nasci em 75, Xangô No ano do ero forte No dia 2 de novembro Aniversário da morte Isso não são horas De você chegar Só pra me contrariar Eu vou lhe abandonar Já estou cansado de penar Santo Antônio pequenino É um santo velhacão Pedi uma cabrocha pra mim Ele me mandou uma porção A mulher para ser minha Tem que ser namoradinha Come pão com banana em casa E diz a vizinha que comeu galinha Isso não são horas De você chegar Só pra me contrariar Eu vou lhe abandonar Já estou cansado de penar