Quando um fole macho reacende um candeeiro O índio campeiro vai acarcando a pua Um surungo atado pela madrugada E a alma lavada na garupa da lua Ataco de bota e sorriso de china Ferve a lamparina e enfeza um floreio Um gole de pura sinuela bailanta E a noite se encanta pelo sarandeio Este é o Rio Grande que guenta o repuxo E ferve no sangue do taura gaúcho A indiada buena vai riscando a sala Levantando no pala o perfume das prendas O tinido da espora marcando a vanera Vão a noite inteira tarcando a legenda No lombo do vento um gaitaço amonta Por diante aponta para o rancherio A peonada buena na estampa monarca Vão retratando a marca do sul do Brasil Este é o Rio Grande que guenta o repuxo E ferve no sangue do taura gaúcho