Esse coração, que pulsa meu pampa Parido nos galpões das sesmarias Traz em seus brasões e na estampa Os vulgores e bravuras da minha cria É a alma dos gaúchos de outros tempos De gaudério retoçado ou nas encilhas Retrechando a própria alma pra o sustento Atrevido nesses lombos de coxilhas Sangue de gaúcho não renega Aguenta o repuxo do destino Heroico e valente na refrega desfraldando altivez do chão sulino Sangue de gaúcho não renega Aguenta o repuxo do destino Heroico e valente na refrega desfraldando altivez do chão sulino A fibra do meu povo ainda persiste Nas fardas operárias e campesinas Um mundo de ternura ainda existe Pra construir com muita glória nossa sina Esse sangue que flui de nossas entranhas Tem a pátria do rio grande combatente Que se expande e brotando forças tamanhas Fecundado a amplitude da minha gente