Como sabendo Que lhe espera outro amanhã Logo que deixa a Itália e os carbonários Se junta aos farrapos libertários Dos estaleiros do Rio Camaquã Ali enquanto ensina tem lições Como se monta, se mateia, canto e dança E da peonada de bagual De poncho e lança Faz marujos, que irão domar lanchões E assim numa odisseia sobre emana Tal qual carretas a se vão cortar coxilhas E banhados de rios abrindo trilhas No rumo da República Juliana Na derrota cruel da retirada A sorte uma surpresa lhe declina No sonho de Laguna que termina Surge Ana de Jesus, Anita amada No decorrer de sua vida aventureira Nas campanhas do Pampa ou na Itália Ela de estar na paz ou na batalha Sendo mulher, sendo soldado e companheira Sabendo que ele é um homem sonhado Em meio a fome, em meio ao frio Miséria e dor Anita encontrará com todo amor Muita coragem para estar sempre a seu lado Na memória de dois continentes Andam duras camisas marchando Com Giuseppe e Anita brigando Pela a causa sagrada da gentes Na memória de dois continentes Andam duras camisas marchando Com Giuseppe e Anita brigando Pela a causa sagrada da gentes Na memória de dois continentes Andam duras camisas marchando Com Giuseppe e Anita brigando Pela a causa sagrada da gentes