De manhã a encontrou Em meio a tanta luz Depois lhe perguntou De seu vestido azul E conduziu a sua mão Como se fosse pra ir ao mar E seus cabelos repartiu Enquanto inspirava o ar E ao cair da tarde O dia escureceu Perdeu a direção Depois sumiu no breu E quando enfim chorou Foram lágrimas de ateu Ao ver-se no espelho Com um semblante Que não era o seu O que leva o coração E as razões de se juntar À multidão dos sentimentos E caminhar entre pedras Que calçam seus pés E seu tempo que pulsa veloz Quem me dera Entender seus segredos Desejo atroz