O mundo teme o homem negro que sabe sentir Eu vejo a vida como um filme diante de mim Eu sigo em frente enfrento a morte não temo o azar Um velho moço e um menino tão a me esperar Bem no final dessa estrada eu vejo minha mãe Toda de branco pés descalços um terreiro no ar A paz se faz presente então nós vencemos a guerra Meus irmãos todos cultuando tambor orixá A bala cala invade a vala eu vejo curió Policial encapuzado cheirador de pó Levando jaz pra uma favela eu só vejo tristeza A lágrima escorre no rosto da mãe que tá só Mas por que tanto sofrimento a gente quer viver A gente pede pra sorrir ninguém não quer sofrer Eu sei que pode ser mais fácil a gente decidir Eu sei que o amanhã me espera e eu posso ser feliz Eu peço por favor Se afaste de mim Porque nessa estrada A luta não tem fim Eu peço por favor Que sempre esteja aqui Porque nesse caminho Só não vou conseguir Pra me livrar da dor Eu não posso parar Que meu pai me ilumine Minha mãe Iemanjá Minha mãe Iemanjá Minha mãe Iemanjá