Me contou um pescador que no rio Itararé. Na barranca desse rio mora uma cobra cruel. Esta cobra quando pia tem que vê como é que é. Deixa o povo do lugar todos de cabelo em pé. Um dia eu fui pescar e levei o Zé Mané. Fomos nesse tal lugar onde o rio não dava pé. Nós topemo com essa cobra nós fizemo um aranzé. A cobra quando viu nóis de brava ficava em pé. Nóis subimo rio acima remando contra a maré. Esta cobra vinha atrás que dava arrepio até. Eu chamei por todo Santo por São Bento e São José. E disse pro companheiro vai rezando e tenha fé. Onda o rio fez uma curva eu gritei pro Zé Mané. Abandonemo a canoa e amoitemo no sapé. A cobra passou direito parecia um lucifé. Nunca mais nóis dois voltemo pra pescar no Itararé.