Hoje lembro com saudade Dos anos que já passou Do meu tempo de criança Na fazenda do vovô Ali todos trabalhavam Com carinho e muito amor Meus tios cuidavam de tudo Meu pai era administrador Meu avô já era velho Mas ainda trabalhava Ele era o carreiro Quase tudo transportava Distância de quatro léguas Seis juntas de bois cortava Só se via o poeirão Quando o carro lá passava Os janeiros se passaram E as coisas foram mudando Filhos que eram solteiros Pouco a pouco foi casando Um a um foi pra cidade Nova vida começando Deixando as lindas paisagens Naquele sertão goiano Meu avô já bem cansado Com o peso da idade A fazenda ele vendeu Comprou casa na cidade Montou um supermercado De tudo tem à vontade Hoje ele e os filhos São da alta sociedade