Se vais só Deixa em casa a munição Come o pó Leva a roupa do teu corpo em nós Vá veloz Não carregues provisão Vá que o tempo em tua moleira E o cantar das rezadeiras Valerão na condução Nem farnel Nem chapéu, nem algibeira Nem talão Põe nos pés tuas sandálias Rasga o vão do chão Que o norteio é paciência, solidão Logo chegarão bons ventos E esse tempo de lamentos Mirrará de inanição Se sentires dura a pena Nesse curso em seu deserto E entenderes dor tamanha For demais pra o suplicante Mergulhar em seu desvão Se secar sua moringa Em terra em que nada vinga Carregues teu violão (Louvor e glória a Ti Ó rei da glória Amor pra sempre a Ti Ó Deus de amor)