Moleque foi vadiar No jongo e rancho, sinhá Mandinga, pertencimento Umbiga, tia baiana Ginga meu negro Lino O samba tem fundamento Da praça xi ao boulevard Sonhou o chão do seu lugar Nos terreiros da cidade para o povo incorporar Tem cavaco em aquarela multicor E o pavilhão que gira ao som de um tambor Meu pavilhão que gira ao som de um tambor Firma ponto no quintal Assentamento no congá Alabê-nilu, atabaque de Xangô e Oxum Pequena África, prazer em batizar Seu legado hoje é macumbembê, samborembá Declama o Rio com propriedade Malandragem, boêmia, damas, cabarés Tempos fiéis, tingidos de saudade Poesia eternizada na alma dos pincéis Pierrot apaixonado Versos no papel, chorou luares Dos bares com Noel Pra arte negra mundial Os seus prazeres cantam a Vila Isabel! Canta, Vila Isabel! Rei negro, Heitor! Seu sonho desfila De azul e branco, os tons da nossa vila Rei negro, griô! Seu quadro é a vida Nosso passado e o presente na avenida Meu feitiço a encantar e defumar Farofa, vela, dendê Exú e erê Eu sou a vila, sou casa de macumba A mãe do samba, da kizomba e da quizumba