Donos dos olhos que tudo vê Ifon, Ilê, Obatalá, Deus da criação! Na pele, efum reluz o cortejo O axé pra obá embala yaôs Então, Oxalá pediu um conselho: Odú de babalaô pra ver Xangô, Cabecilê! O caminho é de Exu, Laroyê! (Laroyê) Senhor da Paz, nesta viagem já conhecem o seu nome Vai ter ebó, na travessia da boca de quem tem fome? Epào Epá Babá! O carrego de carvão é pesado pra levar Se sujar, troque o manto lá na beira! Osé dudu vai clarear no banho de cachoeira Vinho de palma e dendê vai derramar Tem mais uma travessura que Exu vai gargalhar No amanhecer da mata Tão cansado acordou e avistou Alafin de Oyó, Iná lê Xangô! Na campina, o presente reencontrou Injustiçado, em silêncio, foi julgado, Aparência de culpado, sete anos prisioneiro Alabê a Oxulafã vai consagrar libertação! Caindo a noite, a procissão se inicia Venha se banhar na gira da Leopoldina! Águas de Oxalá pra purificar E abençoar a nossa matriz A coroa da justiça e igualdade É o xirê da minha Imperatriz!