Tupã num sopro de ternura Concebeu a agricultura Para os filhos desse chão Trovejou lá no alto da Palhoça Quando o orvalho molha a roça É perfeita a comunhão Mas veio o invasor E a terra então sangrou Negro plantou resistência Canudos semeou a rebeldia Cada enxada levantada Liberdade florescia O cumpudi vamo firme nessa luta Pro nosso bem viver Sem ganância, sem a praga da ambição De grão em grão, vencer Lavoura ê, lavoura Há esperança no cultivo da semente Lavoura ê, lavoura Muita gente sem terra Muita terra sem gente O galo já cantou A natureza resplandeceu Semeando a plantação Muita Fé e devoção Pro bem que Deus me deu Alimentar é plantar o amor Proteger e cuidar deste chão Abraçando o nosso irmão Contra a desigualdade Pra colher dignidade É festa no campo, fartura na mesa Abençoada natureza Pego a viola, solto a voz do coração Tatuapé é raiz que rasga o chão