Quando o mar se revolta os peixinhos pulam Mergulham velozes cortando as espumas Os barcos veleiros resvalam nas brumas E as verdes palmeiras nos ares tremulam As águas se abraçam as brisas osculam Os tortos coqueiros que oscilam no ar O vento marítimo procura pegar A força das ondas que ora se agitam Enquanto navios aflitos apitam Deixando naufrágios na beira do mar Oh! Beira-mar! Oh! Beira-mar Galope só é bem feito quando é feito à beira-mar Oh! Beira-mar! Eh! Beira-mar Galope só é bem feito quando é feito à beira-mar Paquetes sem luzes, navios sem velas Visões invisíveis, terríveis assombros Montões de vasculhos, enormes escombros Há ventos raivosos, tufões e procelas Lanchas destruídas, velhas caravelas E barcos perdidos sem mais viajar Navios que o tempo tentou afundar Somas valiosas, tesouros mantidos Segredos do mundo que estão escondidos No leito salgado do fundo do mar Oh! Beira-mar! Oh! Beira-mar Galope só é bem feito quando é feito à beira-mar Oh! Beira-mar! Eh! Beira-mar Galope só é bem feito quando é feito à beira-mar Tem monstros que vivem no reino abissal Num mundo profundo aonde não vai O homem que entra dali nunca sai Nem a batisfera veículo pra tal Nenhum oriente nem ocidental Contempla o mistério que vou consagrar Ouvir a sereia anfertiti cantar A onda que geme e que hipnotiza O fim da história na minha camisa Que lavo na espuma da beira do mar Oh! Beira-mar! Oh! Beira-mar Galope só é bem feito quando é feito à beira-mar Oh! Beira-mar! Eh! Beira-mar Galope só é bem feito quando é feito à beira-mar Oh! Beira-mar! Eu digo Beira-mar E Galope só é bem feito quando é feito à beira-mar Oh! Beira-mar! Eh! Beira-mar Galope só é bem feito quando é feito à beira-mar