Vai chover (Uma gota de água) (Uma gota de chuva) (Uma gota de água) (Uma gota de chuva) Vai chover (Uma gota de água) (Uma gota de chuva) (Uma gota de água) (Uma gota de chuva) Vai chover (Uma gota de água) (Uma gota de chuva) (Uma gota de água) (Uma gota de chuva) Vai chover Eu vou mostrar pra você Como se dança o baião Toma cuidado com a chuva Presta bastante atenção Eu vou contar pra você Causo de lá do sertão Não é história clichê É conto brabo, do bão Terra molhada de chuva Onde raíz cresceu forte Água do rio não era turva Cacau o fruto da sorte Panavueiro histórico Verso sujo e violento Indígena e preto junto Sofreu o mesmo desalento Subiram as velas do barco Sopraram nelas o vento 4 minutos não contam 500 de sofrimento Vai chover (ódio do céu, água vermelha) Pra inundar (o coração, a alma e a mente) Sertão vai (regar com fogo que incendeia) Virar mar (queimar da terra quem odeia a gente) Era terra fértil e verde Potência, futuro fácil Ganância fez virar fóssil Português fez foi regaço Papel na história secando Igual roupa no varal Capital vai desbotando Vendendo cartão postal Vento sul esfriou o verão Latifúndio sugou o chão Matou rio, o jegue e o baião Vendeu a fome e tirou o pão Desde o Corneteiro Luiz Que numa aposta arriscada Tocou a trombeta e venceu O Brasil aposta na raça Pra ter mais que só o pão Que o Diabo cedeu Carroceiro do Ipiranga, coitado Nem conheceu A batalha ganha na manha Que na Bahia aconteceu Capital esfriou o verão Latifúndio sugou o chão Matou rio, o jegue e o baião Vendeu a fome e tirou o pão Vai chover (ódio do céu, água vermelha) Pra inundar (o coração, a alma e a mente) Sertão vai (regar com fogo que incendeia) Virar mar (queimar da terra quem odeia a gente) Vai chover (ódio do céu, água vermelha) Pra inundar (o coração, a alma e a mente) Sertão vai (regar com fogo que incendeia) Virar mar (queimar da terra quem odeia a gente)