Vieram ao Brasil em navios negreiros As famílias dispersas nas zonas rurais Nos campos sofridos, seus olhos ligeiros Marejado em lágrimas, no tempos brutais Seus corpos silentes levavando os fardos Sob o Sol ardente, em grilhões abissais Gritos se perdiam sob olhar estreito Chibatadas cravavam dor sem parar Na pele escura, as marcas no peito Manifesta sobrevivência adentrar E, mesmo assim, sonhos eram forjados Resistência e força, coragem ao lutar Brasil Afro, Brasil Negro Prasil Branco e ameríndio Salve a miscigenação Brasil Afro, Brasil Negro Prasil Branco e ameríndio Salve a miscigenação Com a Lei Áurea, um sopro de alívio Ventre Livre dava esperanças reais A luta prossegue em vasto delírio Nos dias de hoje, com acenos iguais O dia da consciência negra ressoa E todos os dias, devem ser ideais De mãos dadas, espalhem sementes de fé Nos corações, a luz da bondosa união Do passado surge a história que até Os lábios sussurram perfeita harmonia A redentora liberdade planeia Todos entoam a mesma melodia Brasil Afro, Brasil Negro Prasil Branco e ameríndio Salve a miscigenação Brasil Afro, Brasil Negro Brasil Branco e ameríndio Salve a miscigenação