Meus tempos de roça oh que saudade Colhia sonhos na simplicidade Sempre cercado pela vegetação No calor da roça, o meu coração O Sol que nascia nas lindas manhãs Tomava o café com a minha irmã Depois arreava o meu cavalo Crescia a lavoura no amado regalo A nossa mesa era farta e pura Infância na horta, tamanha fartura Crescia tomate e alfáce ligeiro Memórias queridas do tempo inteiro Mas fui pra cidade com seus altos muros Hoje eu me lembro de tempos tão puros O campo era vida, era o nosso papel Será que voltarei ao meu doce mel A roça vive em meu ser, com devoção Na simplicidade que me dava alento Em histórias da terra e da tradição Saudade, união e contentamento Plantava, colhía, vivía com paixão No campo era puro encantamento Nessas ruas frias, escondo a dor Desvio de rostos e da multidão Minha alma anseia antigo calor Roça querida, minha contemplação Verde esperança em mim cravada De voltar a sonhar na roça deixada A roça vive em meu ser, com devoção Na simplicidade que me dava alento Em histórias da terra e da tradição Saudade, união e contentamento Plantava, colhía, vivía com paixão No campo era puro encantamento