G7
Os mal amados que se agarram em qualquer coisa
Na queda ou na pedra, não me apego nada
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Mas gosto da cor, do sabor, e tudo que for coisa
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Faço das minhas, às vezes de quem quiser
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A arte, a manha e a artimanha, a arte sem manha e manha sem arte

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Nem Caifás, nem Judas e nem Pimba
Ninguém mais ficou a salvo aqui
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Nem Jesus, nem Pedro e nem Lampião
G7
Ninguém fica vivo pra contar histórias
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Tenho medo da próxima, medo do próximo que vai me falar...

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        Não ele não veio salvar, 
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        Também não quis ser o mártir
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        E eu que não quero essa dor...
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        E uma outra mentira humana demais

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De Pinóquio a Pedro sem Lobo e até Pantaleão
Cada qual sua estória, cada qual sua fala e até um bordão
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Nas bebidas que eu vou tomar, vou tentar evitar
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Aparece mais quem eu fui e o que'u posso me transformar
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E até a prece que tomo, pra quem toma de tudo, pra quem vai me aliviar

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Barbas, cordas e pregos; mártir, vítima e violação
Ecce homo, como na vulgata e aqui por que não
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Parece que a prece aparece, e quem vai nos salvar
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E se Gregor soubesse o que estava por acontecer
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Acordava mais pra ver a luz e o sol, antes que a vida fosse anoitecer

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Mais um blefe do tempo, páginas e veias abertas
De um Kafka flagelado, atado e com a coroa de espinhos
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E outro golpe da vida, porque a gente esqueceu o seu valor
G7
Uma formiga debatendo as curtas pernas do saber
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Feliz por ver sua bandeira em dia de parada, pensa que é Ghandi quem te deu tanta paz?

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    Parece (MENTIRA)
    C7
    Prece (DA SALVAÇÃO)
    G7
    Aparece (LÁ EM CASA PRA VER)

( G7  F )