[Intro] D G D G D G Parava no café quando eu lá estava D A Na voz tinha o talento dos pedintes D E Entre um cigarro e outro lá cravava A G D a bica, ao melhor dos seus ouvintes D G As mãos e o olhar da mesma cor D A Cinzenta como a roupa que trazia D E Num gesto que podia ser de amor A G D Sorria, e ao partir agradecia Refrão: D G São os loucos de Lisboa D A Que nos fazem duvidar D E A Terra gira ao contrário A G D E os rios nascem no mar ( D G ) Um dia numa sala do quarteto Passou um filme lá do hospital Onde o esquecido filmado no gueto Entrava como artista principal Compramos a entrada p'ra sessão Pra ver tal personagem no écran O rosto maltratado era a razão De ele não aparecer pela manhã [Estribillo] Mudamos muita vez de calendário Como o café mudou de freguesia Deixamos de tributo a quem lá pára Um louco a fazer-lhe companhia E sempre a mesma pose o mesmo olhar De quem não mede os dias que vagueiam Sentado lá continua a cravar Beijinhos às meninas que passeiam.