Amigos me escutem bem Que é pra pensar e não pra ofender ninguém A alma de cada homem tem seus próprios mandamentos Princípios e fundamentos de vida e até de morte A faca garante o corte Mas as vezes tem dois gumes Os hábitos e os costumes forjam o fraco e o forte Amigos me escutem bem Que é pra pensar e não pra ofender ninguém Nas voltas que o mundo dá se escreve a história do taura Desde a vergonha na cara, até suas manhas e vícios Quem sofre algum sacrifício, por certo endurece a casca E só sabe a lenha que lasca, quem bem conhece o oficio É no meio do entreveiro que se conhece a coragem Não confunda bandidagem com atos de valentia Tem índio sem serventia com pose de Geral Que quando explode um tendal se veste de covardia Amigos me escutem bem Que é pra pensar e não pra ofender ninguém Por isso somente o tempo revela quem somos nos E os que virão logo após vão pensar algo sobre a gente Talvez a nossa semente, seja por muitos bendita Ou talvez seja maldita, por nossa culpa somente Dai pergunto aos amigos se tem sentido seus dias Se a existência tem valia, além do luxo e dos cobres Pois se um coração é nobre, constrói a paz em uma guerra E não é rica uma terra, se a maioria for pobre É no meio do entrevero que se conhece a coragem Não confunda bandidagem com atos de valentia Tem índio sem serventia com pose de Geral Que quando explode um tendal se veste de covardia