O dia vem vindo
Contemplo daqui
O Sol que dos montes surge luzente
Mal surge tão rubro
Transforma o espaço
Um pássaro ao longe canta dolente
O dia vem vindo da minha janela
E eu vejo o começo da vida agitada
Os homens dominam
Os carros dominam
O meio da rua, também a calçada
A aragem amena se extingue com o Sol
Já não mais contemplo
Os homens não lutam aqui pela vida
Somente desejam erguer o seu templo
Mas esquecem, com a pressa, dos seus próprios irmãos
Nas mais há ganância, ódio e rancor
Com o mundo girando nessa busca incessante
Quem pode ao menos falar de amor?
Meu peito, que sofre dos males da vida
Não encontra espaço no mundo egoísta
Os valores que tenho me foram todos negados
Apenas os tenho pagando analista
Com o mundo girando nessa busca incessante
Quem pode ao menos falar de amor?