Perdeu a inspiração cada jogral O breu turvou o prisma do cristal Pra mim foi um sinal Pra trás rodou a pá do carrossel Um giz carmim furou a luz do céu O mal tirou seu véu No ar um som maligno Zuniu em cada signo Surgiu um grande eclipse No pó do apocalipse O Sol emudeceu o rouxinol Fez, ao revés, girar o girassol Queimando o seu farol O chão da terra foi ficando hostil Se via a paz de cada olhar civil Na ponta de um fuzil E a flor do mal, que é indigna Mostrou a sua insígnia Mas gira a sua elipse Até que o mal recicle-se Porque toda manhã Vem sempre alguém da Cruz do Sul Deixar o breu de novo azul