9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, 0
A zero, a zero, a zero
Vai o jogo começar
Já se sente o desespero
Precisamos de empatar
Azeda, azeda, azeda
A derrota é de amargar
Zero a zero é labareda
Não perdemos sem ganhar
E zero a zero, grão a grão, de nada em nada
Vai se erguendo a barricada
Que há um zero a defender
E são ferrolhos, tira-olhos, tira-teimas
Correrias, saltos, queimas
Quem mas dera perceber
Há zero ao meio, zero ao lado, acima, abaixo
Jogo branco, barbicacho
Ziguezague, volta atrás
Há um vazio revirando e regelando
Passatempo, jogo brando
Vezes zero tanto faz
Há zero a zero, há cem a cem
Com zero a zero vai tudo bem
Há zero a zero, há cem a cem
Com zero a zero, vai tudo bem
Depois, depois, depois
Vai dar muito que falar
Nulidades ou heróis
Todos têm que zelar
A zero, a zero, a zero
Há-de o jogo terminar
Pra dizer sem exagero
Foi a zero, não há azar
A zero a zero, vou partir do ponto zero
Já não espero e acelero
Quem se queda também cai
A zero a hora, vou de roda e recupero
Quero dar a volta ao zero
Para ver aonde vai
Com dois acordes faço a zero apologia
Muitos zeros é mania
Zero a zero é pequenez
Duas batatas são as lógicas baratas
Dos empates, dos empatas
Empatamos outra vez
Há zero a zero, há cem a cem
Com zero a zero vai tudo bem
Há zero a zero, há cem a cem
Com zero a zero, vai tudo bem
Há zero a zero, há cem a cem
Com zero a zero vai tudo bem
Há zero a zero, há cem a cem
Com zero a zero, vai tudo bem
Há zero a zero, zero a zero
Zero a zero, tudo bem
Há zero a zero, zero a zero
Zero a zero, tudo bem
Há zero a zero, zero a zero
Zero a zero, tudo bem
Há zero a zero, zero a zero
Zero a zero, tudo bem