Piracicaba que adoro tanto Em suas curvas me aventurei E rio abaixo fui recordando De antigas modas que eu escutei Nem tantas lágrimas derramadas Mudaram a cena que hoje se vê Não chora mais quem perdeu amada Mas quem o rio queria ter Já não tá mais aqui quem falou Que caipira não pode ter mar Algum dia ainda pego a canoa E desço na proa até Corumbá Vão dizer que esse cara pirou Mas por mim acho tão natural Eu sair lá do Piracicaba Descer no Tietê e chegar no Pantanal De suas margens sumiu o mato Que alegrava nossa visão Paisagens belas tão arrendadas Pra outros tipos de plantação Nas águas turvas dessas barragens Que não permitem sua vasão Eclusas, marcam nossa passagem Pra outros níveis de imensidão Já não tá mais aqui quem falou Que caipira não pode ter mar Algum dia ainda pego a canoa E desço na proa até Corumbá Vão dizer que esse cara pirou Mas por mim acho tão natural Eu sair lá do Piracicaba Descer no Tietê e chegar no Pantanal Já não tá mais aqui quem falou Que caipira não pode ter mar Algum dia ainda pego a canoa E desço rodando até Corumbá Vão dizer que esse cara pirou Mas por mim acho tão natural Eu sair lá do Piracicaba Descer no Tietê e chegar no Pantanal O rio