Sabe o que é?
Eu teimo em ver
O abismo que forma
O constante medo de viver
Pelas janelas, anunciando
São tantos os credos, e eu vivo rezando
Todas fogueiras viram poeira
Os olhos dilatam por besteira
Há quanto tempo
Vivo guardando as horas pra contar
Eu nem me lembro
Que um dia eu vou
Com o vento, um sopro na imensidão
Todas fogueiras viram poeira
Alumiar o que restou
Quem dirá que é vão?
O que deixar
Do que fiz, do que sou?
Há quanto tempo
Vivo guardando as horas pra contar
Eu nem me lembro
Que um dia eu vou
Enquanto o tempo escorre pelas nossas mãos
O tempo escorre pelas mãos