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Nasci no fim de mundo vivo no fim do mundo 
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Aqui nesse fim de mundo vivo como um condenado 
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Pois nada sobrou pra min 
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Quando as casas caem sinto-me triste de mais 
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Pois no meio dos escombros bem que eu poderia 
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Eu poderia estar minha família os meus amigos 
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A minha família estava lá. 
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Todo ano isso ocorre é e sempre o mesmo corre-corre 
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Todo ano a hipocrisia faz parte dessa agonia 
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Povos oportunistas vejam as vitimas de toda inoperância da brutal ganância. 
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Quando a chuva cai e um sacrifício a mais 
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Agente já não vivi em paz e quando essa chuva cai piora tudo aqui 
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E agente fica assim pedindo clemência correndo risco tudo e perigo 
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Correndo risco a morte pulsa mais queremos ajuda mais não tem ajuda 
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Não temos culpa de sermos tão pobre assim e calamidade publica queremos ajuda. 
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Moro no fim do mundo vivo nesse fim de mundo rastejo aqui no fim do mundo 
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E sinto um desgosto profundo E muito mais minha família os meus amigos 
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Agora estão soterrados estavam lá. 
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Chuva lá vem ela chuva lá vem ela e vem sem dó lá vem lá vem lá vem lá vem lá vem.