Ao raiar de um novo dia, uma bigorna a tilintar Faz o bicharedo acordar anunciando a alvorada Sai, do fole, o vento norte, das brasas, saltam centelhas Iluminando o rosto forte, tal qual semente de estrelas Iluminando o rosto forte, tal qual semente de estrelas Descansa o ferro no braseiro, a cor do Sol brota da cinza Na mão firme do ferreiro, o martelo espera a ranzinza Descansa o ferro no braseiro, a cor do Sol brota da cinza Na mão firme do ferreiro, o martelo espera a ranzinza Descansa o ferro no braseiro, a cor do Sol brota da cinza Na mão firme do ferreiro, o martelo espera a ranzinza Nas batidas compassadas, faz ferradura do aço Que, nos cascos do picaço, vem pontilhar as estradas De pé na ponta do arado e algum facão aragano Prepara a marca pro gado não se criar orelhano Prepara a marca pro gado não se criar orelhano Olha pro céu com alegria, a noite já escureceu Talvez, foi uma ferraria, que a estrela d'alva nasceu Olha pro céu com alegria, a noite já escureceu Talvez, foi uma ferraria, que a estrela d'alva nasceu Olha pro céu com alegria, a noite já escureceu Talvez, foi uma ferraria, que a estrela d'alva nasceu