Lá no pé daquela serra Tem um pé de umbuzeiro É onde todas as manhãs O sábia verdadeiro canta as sua melodias Traduzindo alegrias pra os coração dos vaqueiros Este pé de umbuzeiro traz lembranças do passado Era onde o boiadeiro depois que vinha cansado Naquela árvore sombria descansava sobre a fria Refugiando o seu gado Hoje vive abandonado na beira daquela estrada Não se esculta o boiadeiro mais cantando uma toada Esta mesma sombra fria onde era todo dia Refúgio de uma boiada Hoje serve de morada pra os enxuins do sertão E as folhas que eram verdes Murcharam e caíram ao chão Lá na ponta de um galhinho serve de escora de um ninho moradas de um gavião Não foi secas do sertão que matou o umbuzeiro Foi a falta da boiada e da voz do cansioneiro Que lhe tornou despresado sem o múgido do gado E o ressonar do vaqueiro Depois que o caminhoneiro começou fazendo transporte Pelas estradas de pedras no Brasil de Sul ao Norte Acabou-se o boiadeiro, sendo assim pra o umbuzeiro Lhe restou somente a morte Como foi tão triste a sorte do héroi daquela terra Que nasceu, viveu e cresceu sem poluição nem guerra Mas a ciência ligeiro trouxe a morte ao umbuzeiro Sombrio lá do pé da serra Mas a ciência ligeiro trouxe a morte ao umbuzeiro Sombrio lá do pé da serra