No silêncio da mata fechada
Ouviu-se o som de um cantar
Um homem de mão calejada
Trazia coragem no olhar

Tinha vindo de longe
Com a fé presa ao peito
Trazia a saudade na mala
E um sonho desfeito no leito

Na enxada nasceu a esperança
No machado, o pão de amanhã
Cada tronco tombado era dança
No salão da floresta pagã

A serra, que antes dormia
Regada com todo o suor
Do imigrante italiano
Fez-se canto e fez-se flor

A mulher vinha ao seu lado
Com trabalho, esperança e a cruz
Fez do lar seu canto sagrado
Reacendendo no breu uma luz

Na enxada nasceu a esperança
No machado, o pão de amanhã
Cada tronco tombado era dança
No salão da floresta cristã

Hoje a videira floresce
O progresso se faz escutar
Uma voz antiga no vento
Que ainda insiste em cantar

Meu nome ninguém sabe inteiro
Sou de todos, sou sem distinção
Sou o rosto do tempo primeiro
Sou raiz, sou rocha, sou pão
    Página 1 / 1

    Letras y título
    Acordes y artista

    restablecer los ajustes
    OK