Saindo do Egito, das mãos do terrível Faraó
Caminho desconhecido rumo ao berço de algo maior
Sob a profecia da Terra Prometida, um novo amanhã
Desertos da vida me levam à Canaan
Quanto mais eu caminhava, muito mais o sol esquentava
Mas tinha a marca da promessa como um fato certo
E os percalços que rondavam, todos eles conspiravam
Pra que eu entendesse o caminho do deserto
O desapego à vida do Egito, o apego ao amor de Cristo
E tenho visto vários milagres diários
Mas me esqueço de tudo isso, retrocedo a antigos vícios
Sendo necessário muitos sacrifícios pelos meus pecados
E no Monte Horebe, à Moisés Deus concede
Os Mandamentos prá distanciarnos do mal
Que a obediência revele que tudo aqui é breve
E o que Ele escreve é um Plano Espiritual pro povo todo
Pro Sobrenatural me movo
Por que as Leis que Deus fez foram só a sombra de um bem vindouro
Ah, se a humanidade entendesse
Que de um só Mandamento é que dependem todos os outros
Mas alguns usam das Leis que é pra apontar o que você fez ou não fez
Denunciando o cisco no seu olho
Mas o Espírito se fez carne e habitou entre nós
Bradando em Alta Voz a Revelação pro mundo todo lá na cruz
Rasgando o véu da escuridão trouxe a Luz
Mostrando que quer relacionamentos, não proibições
Quando entendermos que o Amor é quem conduz
Seremos frutos do Reino, não de religiões

Ah! Se a humanidade entendesse que amar ao próximo é amar a si
Que o Maior Mandamento é o AMOR, assim diz o Senhor!
Que quando eu aprendo a amar ao meu irmão, aprendo a amar à Deus!

Não existe amor sem entrega!
O quanto eu me dou mostra o quanto eu amo
E o quanto eu faço isto de um modo espontâneo
É bem melhor pra mim olhar para o que antes veio
Mostrar que o bem alheio é o nosso maior ganho
E os amores instantâneos se confundem com epifâneos
Mas são momentâneos e se dissolvem por não ter raízes
Mundo de perdas e ganhos, desbaltérios são tamanhos
Criando feridas sem gerar cicatrizes
São atrizes em cena, matrizes pequenas, desníveis
Dilemas por não assimilarem o que Ele disse
Então avisem pra arena que o x do problema
É o amor suprimido sob tempos difíceis
Mundo de corrupção, traz na miséria a exploração
E a deterioração de todos valores possíveis
No apego ao que é vão se esquece do próprio irmão
Trazendo assolação e criando monstros terríveis
Mendigos nas marquizes, seres invisíveis
Sem sobrenome sobrevivem sem saber porquê
Pessoas insensíveis, cotidianos tristes
Vivendo num mundo alheio sem se envolver
Mas sobre mim e você está a responsabilidade
Por conhecer a Verdade, em não se esconder
Que é prá estabelecer um Reino de igualdade
Onde na intimidade, eu sou um com você!