Canta um povo que é poeta E que gosta de inventar Para cada ocasião, um ditado popular (Para cada ocasião, um ditado popular) Se um filho não tem juízo E o pai só faz sarilho A voz sábia do povo logo diz Tal pai, tal filho (A voz sábia do povo logo diz tal pai, tal filho) Dizem que morrendo o bicho Assim acaba a peçonha E eu digo e repito Quem não está bem Que se ponha (E eu digo e repito: Quem não está bem, que se ponha) Aquele que for egoísta E de inveja ficar verde Este ditado cai bem Quem tudo quer, tudo perde (Este ditado cai bem, quem tudo quer, tudo perde) Quem não comeu, não viveu Come pra frente, ó, Zé Olha que saco vazio Não se segura de pé (Olha que saco vazio, não se segura de pé) Faz bem, não olhes a quem Pra na vida seres feliz Se receberes mal por bem Corta o mal pela raíz (Se receberes mal por bem, corta o mal pela raíz) Se te vais embebedar E se bebes pra esquecer Não te esqueças de pagar Paga antes de beber (Não te esqueças de paga, paga antes de beber) Quem canta seu mal espanta Cantigas que gente sabe Não há bem que sempre dure Nem há mal que nunca acabe (Não há bem que sempre dure, nem há mal que nunca acabe) Tira o cavalo da chuva Tua inveja não me dói Se tens inveja, trabalhe Quem não trabalha, não colhe (Se tens inveja, trabalhe, quem não trabalha, não colhe) Falas muitos e dizes poucos E quem paga é o couro Se a palavra é de prata O silêncio é de ouro (Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro) Dizem que o que arde cura E o que aperta segura E água mole em pedra dura Tanto bate até que fura (Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura) Ladrão que rouba ladrão Tem cem anos de perdão Mas se do ladrão tens medo Quem tem medo, compra um cão Quando a coisa fica preta E não anda, nem desanda Vai tu mesmo resolvê-la Quem quer vai, quem não quer manda O dono é quem paga as favas Culpa desta ideia torta Depois da casa roubada É que põe trancas na porta (Depois da casa roubada é que põe trancas na porta) Tudo o que é demais enjoa Tens mais olhos que barriga Não digas tudo o que pensas Nem pensas tudo que diga Presunção e água benta Cada um toma o que quer A morte é igual pra todos Seja homem ou mulher É melhor cair em graça Do que ser engraçadinho A água que já passou Não faz mover o moinho (A água que já passou não faz mover o moinho) Talento é saber cobrar O calote ao caloteiro Faz jus ao velho ditado Olho fino e pé ligeiro Vale mais um pássaro na mão Do que ver dois a voar Para cada ocasião Um ditado popular