O último boi caiu n'água Com o sol rente ao horizonte Rebanho dosei ontonte E hoje fecho a quinzena Tenho léguas pela frente Também me vou ao poente Rumo aos braços da morena Um banho com bom extrato Numa pilcha domingueira Um preparo de primeira E um peleguito tupido Logo estava enforquilhado Na mala ia o agrado E na memória o pedido Larguei num tranco seguro Com pose para um retrato Seio da rédea em formato De uma lua minguante Só o meu baio enxergava E do Mauro assoviava Milonga de levar por diante Só o meu baio enxergava Me fui proseando com o baio Sobre um ranchinho aqui perto Que se o pedido der certo Vou fazer nossa morada O seu trocar de orelha Parece que me aconselha A parar de repetir estrada Sem mais assunto e assovio Só o canto da barbela E tudo lembrava dela Com seu olhinho castanho Convidei o meu parceiro Pra num trote chasqueiro Por um fim no assanho Frouxei as rédea de um jeito Mudando as fase da lua E o ranchinho da xirua Querendo ficar mais perto Na cancela, fui ao freio Com as rédea perdendo o seio Com o baio de bico aberto Larguei num tranco seguro Com pose para um retrato Seio da rédea em formato De uma lua minguante Só o meu baio enxergava E do Mauro assoviava Milonga de levar por diante Só o meu baio enxergava