[Intro] FEm
Eu sou do tempo em que a infância
Am
Se relegava aos brinquedos
Dm7G7
Na conversa dos adultos, guri não metia o dedo
CA7
Obedecia aos mais velhos, fosse qual fosse o senão
Dm7G7C
Não tinha vontade própria nem ganhava o chimarrão!
( FFmFEmA7D7GC )
C
Quando fiquei mais taludo, olhava a cuia rodando!
G
E o meu avô, velho sábio, ficava me observando
DmCG
Um dia esquentou a água, cevou a erva e, no embate
FFmC
Do seu olhar com meus olhos, serviu meu primeiro mate!
C
Agarrei aquela cuia como quem pega um troféu!
G7C7FCF
Ergui meus olhos da terra pra me encantar com o céu!
FmC
Eu devo àquele momento, muito do pouco que sou
A7Dm7GC
E, em cada mate, eu encontro os olhos do meu avô
A7Dm7G7C
E, em cada mate, eu encontro os olhos do meu avô!
FC
Ao passo lerdo das horas, fui, pouco a pouco, crescendo
GG7C
Enquanto os piás viram homens, há homens envelhecendo
C7FFmC
A vida é que nem o mate, que principia espumando
ADG
Sacia as sedes da alma e, aos poucos, vai se lavando!
FCGC
A vida é que nem o mate, aos poucos, vai se lavando!
( FFmFEmAmA7DGC )
C
Um dia vi que seus olhos já não brilhavam tão forte
G
Talvez enxergasse a sombra do manto negro da morte!
DmCFG
No seu derradeiro leito, olhando para o arremate
FFmC
Eu vi que o velho gaúcho sentia falta de um mate!
C
Embora lhe proibissem, tomei pra mim esse encargo
GmC7F
Se não havia esperança, pra que privá-lo do amargo?
FmC
Jamais esqueço seus olhos, olhando os meus, sorrateiros
A7Dm7GC
Cevei o último mate pra quem me deu o primeiro!
A7Dm7GC
Cevei o último mate pra quem me deu o primeiro!
FC
Ao passo lerdo das horas, fui, pouco a pouco, crescendo
GG7C
Enquanto os piás viram homens, há homens envelhecendo
C7FFmA
A vida é que nem o mate, que principia espumando
ADG
Sacia as sedes da alma e, aos poucos, vai se lavando!
FCGC
A vida é que nem o mate, aos poucos, vai se lavando!
FCGC
Jamais esqueço seus olhos, olhando os meus, sorrateiros
FCGFFmC
Cevei o último mate pra quem me deu o primeiro!