[Intro] F#m G#m F#m
F#m C#
Na divisa das estâncias
F#m
Se encontra a peonada
D E A
Numa manhã de verão
C#
Dum lado o negro João
F#m
Que está curando terneiro
D
Do outro, o Luis e o Pinheiro
A E F#m
Que estão trocando moirão
F#m C#
Comentam de reculutas
F#m
De capões e vaquilhonas
D E A
Que estão, de fato, atrasadas
C#
Não sobra tempo pra nada
F#m
Logo que aperta o verão
D
Tem banho, inseminação
A F#m
Pesos de ovelha abichada!
D C#
E no mais, que Deus ajude
G#m C#
Pois pra tudo tem remédio
E F#m
Na esperança dessa gente
D C#
Humilde, franca e valente
G#m C#
Vão disfarçando o cansaço
D A
Com fé e força no braço
C# F#m
Debaixo desse sol quente
E o tempo? Será que chove?
Segue a prosa costumeira
Co’as mesmas indagações
Recordam outros verões
Falam da seca, que é bruta
Falsas promessas de chuva
Contrariando as armações
Concordam em muitas coisas
Planejam festas campeiras
Na Coxilha e no Apertado
Um vai levar o gateado
Pra experimentar como sai
E pras carreira, o que hay
É o malacara e um tostado
F#m C#
Aroma de pito novo
F#m
Que se fechou no descanso
D E A
Que renova e da vigor
C#
Um zaino num suador
F#m
Fica pastando de freio
D
E na sombra um ovelheiro
A E F#m
Que se esquiva do calor
F#m C#
Charlando esquecem o tempo
F#m
E se pudessem proseavam
D E A
Por esta manhã inteira
C#
Do estrago da cruzeira
F#m
Que matou a colorada
D
Ou sobre a potra bragada
A E F#m
Que corcoveou quinta-feira
D C#
E no mais, que Deus ajude
G#m C#
Pois pra tudo tem remédio
E F#m
Na esperança dessa gente
D C#
Humilde, franca e valente
G#m C#
Vão disfarçando o cansaço
D A
Com fé e força no braço
C# F#m
Debaixo desse sol quente