Tudo em vorta é só beleza Sol de Abril e a mata em frô Mas Assum Preto, cego dos óio Num vendo a luz, ai, canta de dor Mas Assum Preto, cego dos óio Num vendo a luz, ai, canta de dor Tarvez por ignorança Ou mardade das pió Furaro os óio do Assum Preto Pra ele assim, ai, cantá mió Furaro os óio do Assum Preto Pra ele assim, ai, cantá mió Lerê, lerê, lerê, lerê, lerê Lerê, lerê, lerê, lerê, lerê Meu amor, eu vou-me embora, nessa terra vou viver Um dia não vou mais ver, nunca mais eu vou te ver Vida de negro é difícil, é difícil como o quê Vida de negro é difícil, é difícil como o quê Lerê, lerê, lerê, lerê, lerê Lerê, lerê, lerê, lerê, lerê Assum Preto veve sorto Mas num pode avuá Mil vez a sina de uma gaiola Desde que o céu, ai, pudesse oiá Mil vez a sina de uma gaiola Desde que o céu, ai, pudesse oiá Lerê, lerê, lerê, lerê, lerê Lerê, lerê, lerê, lerê, lerê Eu quero morrer de noite, na tocaia me matar Eu quero morrer de açoite se tu, negra, me deixar Vida de negro é difícil, é difícil como o quê Vida de negro é difícil, é difícil como o quê Lerê, lerê, lerê, lerê, lerê Lerê, lerê, lerê, lerê, lerê Assum Preto, o meu cantar É tão triste como o teu Também roubaro o meu amor, ai Que era a luz, ai, dos óios meus Também roubaro o meu amor, ai Que era a luz, ai, dos óios meus