Deixo tudo assim.
 Não me importo em ver a idade em mim,
 ouço o que convém.    Eu gosto é do gasto
 Sei do incômodo e ela tem razão
  quando vem dizer que eu preciso sim
     de todo o cuidado.
E se eu fosse   o primeiro a voltar
pra mudar o que eu fiz,
quem então agora eu seria?
            
     Tanto faz    que o que não foi não é.
                           
    Eu sei que ainda vou voltar...  mas eu quem será?
 Deixo tudo assim, não me acanho em ver
 vaidade em mim. Eu digo o que condiz.
       Eu gosto é do estrago.
 Sei do escândalo   e eles têm razão
 quando vêm dizer que eu não sei medir
       
 nem tempo e nem medo.
           
 E se eu for o primeiro a prever
          
 e poder desistir  do que for  dar errado?
 Ah,  ora, se não sou  eu quem mais vai decidir  o que é bom pra mim? 
 Dispenso a previsão!
 Ah,     se o que eu sou é também 
                    
o que eu escolhi ser    aceito a condição.
          Vou levando assim
   que o acaso é amigo      do meu coração
    quando fala comigo,     quando eu sei ouvir...