Mais um ano agoniza, que balanço Tu fazes ao final da temporada? Tiveste um saldo? Ou não te sobra nada Que te garanta as férias e o descanso? Mais um ano se acaba, lento e manso O tempo vai roendo nossa estrada Rói a manhã, o dia, a madrugada E nada faz deter o seu avanço Muita gente famosa, tantas vezes Avalia a colheita em doze meses E vê o feijão bichado, o milho chocho Mas a alma recomeça e não se cansa Apostando de novo na esperança Se um menino, em Belém, dorme no cocho