Pássaro na gaiola, quando canta É cantando pedindo a liberdade É o canto chorado da saudade Que explode, ferindo-lhe a garganta O espaço, o orvalho, a brisa, a planta Sentem falta do pássaro encarcerado Ele canta num tom semi-afinado Por achar-se inocente e indefeso Quem nasceu pra voar, e vive preso Duas vezes está sendo injustiçado Pequenino artista da natura Visitante de oásis e deserto É pintor, músico e liberto Musicista de santa partitura Seu sublime cantar não se mistura Com a nota do canto do mortal E nenhum maestro faz igual Ao que faz o cantor da floresta Ele vive cantando, eterna festa Com seu lindo trinado musical Uma pedra jogada em passarinho Agressão feita contra o animal Isto tudo é crime mortal Perdeu a humanidade e carinho Não faça a vida de outro espinhos Ele é parte da nossa natureza Equilíbrio ecológico, que beleza Abençoado filho de nosso Deus Se alguém fizesse com os seus Morreria de amargura e tristeza