Cheiro de terra molhada
Aroma da flor silvestre
O cantar da passarada
Minha casinha campestre

Me recolho no alpendre
Com a brisa do anoitecer
Madrugada o galo canta
Anuncia o amanhecer

Minha vida, meu ordálio
Se inicia na alvorada
Caminhando pelo orvalho
Vou à luta, pé na estrada

A vida passa e o que fica
Justifica o meu sonho
A esperança tudo explica
Faz o meu mundo risonho

Quando a saudade
Bate na minha janela
Até o cheiro
Sinto das minhas lembranças

O coração dentro do peito martela
Fico feliz feito sorriso de criança