Lua, senhora do tempo e das marés
Das marés altas, das marés baixas
Soberana, sempre está no céu
Mingua e cresce
Se esconde mas sempre reaparece
Resiste ao relento
Reluz sem esconder o breu
De que é feita essa calma
Que abranda a luz do Sol?
Como passa pelas horas
Contando apenas auroras?
Como se sustenta sem medir os minutos
Dizendo que pouco valem os segundos?
Como flutua assim nos relógios?
Sóbria sob o Sol
Ora em descanso
Ora em aparição
Segue constantemente poderosamente
Contando o tempo
Se esconde mas sempre reaparece
Resiste ao relento
Reluz sem esconder o breu
De que é feita essa calma
Que abranda a luz do Sol?
Como passa pelas horas
Contando apenas auroras?