F#m E
Os versos que faço desgarram de mim
F#m
Viajam o mundo mudando de dono
E
E eu nem me entristeço com esse abandono
Am
Pois quando o poema galopa assim
Dm Am
Se dá seu início e não o seu fim
Dm C
E quando o meu verso consegue encontrar
E F
Algum coração que lhe deixe entrar
F#°
Então eu já sei que cumpri meu ofício
Dm
E até para mim não chorar é difícil
E Am Am/G F E
Olhando o galope na beira do mar
F#m E
Ao ver o galope do verso que invento
F#m
No dorso do vento da inspiração
E
Eu choro de novo de tanta emoção
Am
E o mar que encharca a crina do vento
Dm Am
É o mesmo que banha o meu sentimento
Dm C
Mas não me envaidece o seu galopar
E F
As lágrimas correm sem eu nem lembrar
F#°
Que o verso e sua veloz montaria
Dm
Chegaram a ser meus (se é que foram algum dia)
E Am Am/G F E
E hoje galopam na beira do mar
F#m E
Mas quando o meu verso encontra uma amante
F#m
Na forma de uma sutil melodia
E
Mostrando o valor de feliz parceria
Am
Ainda é maior a emoção nesse instante
Dm Am
O amor desses dois em galope rasante
Dm C
Me faz fatalmente de novo chorar
E F
Meu peito se aperta, eu chego a engasgar
F#°
E então já não verto mais choro e sim pranto
Dm
Que cai toda vez que eu escuto o canto
E Am
Dos dois em galope na beira do mar