Esta lição é o início de uma série sobre o assunto “HARMÔNICOS” onde prosseguiremos com suas aplicações e formas executáveis, que não são poucas, estimulando a parte criativa a se desenvolver buscando cada vez mais saídas para aplicações diferentes em uma única técnica.

Harmônicos Naturais -  Quando uma corda de um instrumento vibra, ela produz diferentes modos de vibração, os quais vibram ao mesmo tempo gerando um tipo de sonoridade. Estas sonoridades compõem o som produzido por aquela corda (som percebido). Os modos de vibração de uma corda são dependentes de uma tensão sem precisar apertar a corda contra o traste.

Diferente da técnica de performance regular (corda presa), para tocarmos os sons harmônicos, usamos um leve toque de um dos dedos da mão esquerda sobre as partes que dispõem de tal sonoridade (harmônicos). Com esse leve toque sobre essas partes, eliminamos alguns dos modos de vibração (sonoridade) que compõem um som, dando aos sons harmônicos o seu timbre característico.

Falaremos agora de como encontrar esses harmônicos. Estes, chamados NATURAIS, são alcançados de forma matemática. Há um espaço entre as tensões da corda (ponte e trava), esse espaço deve ser medido e o valor dividido por dois, marque este resultado no braço da guitarra e ali estará o local exato do primeiro HARMÔNICO NATURAL, prossiga dividindo o espaço total por três, quatro, cinco etc. e marcando sempre os resultados obtidos da divisão, todos eles sendo marcados com algum tipo de adesivo que não danifiquem o seu instrumento, apenas pra você memorizar mais facilmente e depois retirar.

Sabendo agora onde estão os harmônicos naturais, vamos agora reconhecê-los como notas, comparando as sonoridades entre uma nota pressionada e um harmônico, assim podemos saber por qual harmônico podemos substituir as notas naturais dentro de cada escala. Harmônicos Artificiais – Os Artificiais são conseguidos com auxilio da palheta, tocando e abafando a corda quase ao mesmo tempo com o polegar, esse tipo de efeito pode ser obtido em qualquer nota da escala, conseguindo sonoridade diferente a partir da mudança de região da mão direita.